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Terraplanagem é encoberta por cortina vegetal no Rio Doce |
Antes de optar pelo projeto atual, os primeiros estudos
apontavam para a ampliação da Avenida João Medeiros Filho e da Thomaz Landim. A outra aposta foi na ligação da Ponte Newton
Navarro pela Moemia Tinoco e, na altura do Gramorezinho, o percurso seria
desviado para a Avenida das Fronteiras. Neste projeto, foram executadas algumas
obras visando facilitar abrir espaço para a sua execução. Inclusive algumas
desapropriações foram feitas no conjunto Soledade II e notificações na Avenida
das Fronteiras. Também um viaduto foi construído, o do Santa Catarina.
Mas, o impasse maior aconteceu na altura de um trecho
conhecido com “S das Fronteiras”. Neste trecho das Fronteiras, construções
irregulares afunilaram a avenida e na
altura da Thomaz Landim foram construídas grandes lojas, o que se agravou ainda
mais o problema.
Neste projeto seria construído um complexo de túneis na
altura do Nordestão do Gancho. Em conversa com um funcionário do Nordestão, ele
me informou que a direção do supermercado estava estudando reformas no prédio
da loja em vista de que o estacionamento seria indenizado. Neste projeto, seria
construído uma sobreloja e no térreo ficaria para estacionamento.
Entretanto, com o novo trajeto ao acesso ao aeroporto, o
poder público se livrou destes conflitos. Tanto politicamente, quanto na
economia, a curto prazo, a administração municipal e estadual sairão lucrando.
Porém, dentro de alguns anos, a ressaca vai ser sentida. O trecho vai cortar
uma reserva natural muito rica. A estrada crescerá os olhos do investimento
imobiliário e a urbanização desta área será inevitável. Com ela, vegetações
serão destruídas e em consequência, o complexo de lagoa secará. Entre estas
lagoas, estão a de Extremoz, Lagoa Azul e o Rio Doce. Aliás, estes dois últimos
já vêm sofrendo com ocupações irregulares. Apenas elas serão aceleradas com a
nova estrada asfaltada.
Estudos hidrográficos tem comprovado de que estas lagoas tem uma especialidades. Elas não são alimentadas por rios afluentes, mas por águas que brotam naturalmente pela vegetação nativa. Ou seja, são os conhecidos "olheiros d'água". Logo, ao destruir a vegetação, elas não receberão mais água e secarão.
Estudos hidrográficos tem comprovado de que estas lagoas tem uma especialidades. Elas não são alimentadas por rios afluentes, mas por águas que brotam naturalmente pela vegetação nativa. Ou seja, são os conhecidos "olheiros d'água". Logo, ao destruir a vegetação, elas não receberão mais água e secarão.
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