Vida natural

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Baiacu na Vara encerra carnaval de Natal de 2015, arrastando mais de 15 mil foliões na Redinha

Mantendo a tradição de fechar o carnaval de Natal com chave de ouro, o bloco Baiacu na Vara arrastou mais de 15 mil pessoas pelas ruelas da praia mais popular de Natal, a Redinha.

O bloco, que neste ano completou 25 anos de folia, também manteve a tradição de tocar marchinhas e frevo, sendo puxado por instrumentos de sopro.

A tradição do frevo faz do Baiacu na Vara ser o mais querido bloco de Natal. Além do mais, ele une crianças, jovens e até a velha guarda, como o senhor Edivaldo Pires, de 72 que caiu no frevo acompanhado de sua esposa Elizabeth Fernandes, de 62.

A irreverência é outro ponto marcante do Baiacu na Vara, que neste ano contou até com um sósia do Papa Francisco, que veio acompanhado de uma freira. Os dois, acompanharam o desfile do bloco benzendo os foliões com cerveja. Também teve o sósia da presidenta Dilma e do ex-´presidente Luis Inácio, o Lula.

Rei e Rainhas do Carnaval acompanham desfile do Baiacu na Vara

Casal real, Edineide Margoth e Rubens Ferreira também estiveram presentes no desfile do Baiacu na Vara na quarta-feira de cinzas.

Eles acompanharam o desfile desde a saída na praça do Cruzeiro, a frente da orquestra de metal e protegidos por uma corda de isolamento.

Para evitar a desidratação devido o sol causticante do meio dia na Redinha, Edineide Margoth conduzia uma garrafinha plástica com água mineral onde molha o rosto e a cabeça. 

Moradores da Redinha também davam uma maozinha aos foliões. E alguns jogavam jatos de água em direção aos foliões quando passavam em frentes as suas casas.


Neste ano, devido o grande número de foliões, não aconteceu a tradicional paradinha da banda em frente ao "Y" que forma no cruzamento da Avenida Central com a do Cruzeiro.

Bairro das Rocas é brindado com show de Jorge Aragão no carnaval de 2015

As Rocas, bairro que corre samba nas veias, este ano contou com a presença de Jorge Aragão. O sambista entrou no palco às 23h e disse que não ia fazer um show, mas cantar com os sambistas das Rocas.

"Não vim fazer um show, mas cantar e aprender sambas com vocês", disse Jorge Aragão lembrando que as Rocas tem grandes sambistas e que se sentia em casa. 

O sambista carioca cantou grandes sucessos, alternando entre musicas mais agitadas e sambas mais cadenciados e românticos.

Antes da apresentação de Jorge Aragão se apresentaram artistas locais. Sambistas e passistas do bairro subiram ao palco.


Debinha é atração local na terça-feira de carnaval nas Rocas

No bairro que respira samba, a população viveu uma noite inesquecível nesta terça-feira de carnaval. Foram dois shows de tirarem o fôlego, um do artista da terra Debinha e outro  uma atração nacional, o cantor e compositor Jorge Aragão. O evento começou às 20 e foi até às 1h, no largo onde acontece a feira livre do bairro da zona oeste de Natal.

Apesar da presença de Jorge Aragão ser bastante esperada,. o fato é que Debinha deu o recado e muito bem. Acompanhado por uma bandinha composta de músicos da própria Rocas, Debinha foi além de um show musical, mas se transformou em show man. Chamou populares para concurso de samba, e também integrantes de escolas de samba. Entre elas, Graça e Ana Paula, mãe e filha, mas integrantes de escolas de samba diferentes no bairro. Balanço do Morro e Malandros do Samba.

As dançarinas sambaram no palco e no final Debinha chamou a atenção de que a briga deveria ser apenas na avenida. Fora dela, a que valia era a valorização do carnaval no bairro. Ele conclamou que as pessoas procurassem bairro nas escolas de samba,, pois, só assim manteria o samba vivo na comunidade.

"Os Cão" saem pelo 51º ano debaixo de muita chuva

São Pedro abriu as comportas do céu e mandou muita chuva na manhã da terça-feira de carnaval na Redinha, em Natal. Com isto, o bloco "Os Cão", saiu do mangue debaixo de um forte temporal, que mal dava para as lentes da câmera fotográfica  captarem as imagens.

Mesmo sem lama, ou com pouca lama, os carnavalescos não baixaram as guardas e continuaram em cortejo pelas ruas da Redinha. Este é o 51º ano que "Os Cão" saem no carnaval do litoral norte potiguar.

Um detalhe, não se assustem com a concordância nominal. O nome é assim mesmo. Os Cão foi ou foram um bloco que surgiu de pescadores da Redinha. Segundo alguns historiadores, nos anos 60, a Redinha se transformaria em praia de veraneios de comerciantes ricos de Natal. Então, quando os pescadores se aproximavam de suas luxuosas casas, a dona da casa mandava que a empregada desse algum tiragosto e bebida para que aqueles "Cão" se afastassem de suas casas.

Fala-se que esta "boa ação" chegaria aos ouvidos dos pescadores através de uma mulher que era da comunidade e trabalhava como empregada doméstica. Ora, os pescadores sabendo disto, e assim montaram o golpe de malandragem. Então, no carnaval criaram o bloco e saiam nas luxuosas casas pedindo bebidas e comidas para brincarem no carnaval.

Mesmo a chuva não permitindo que a lama ficasse segurada no corpo, os carnavalescos que pulam no bloco da lama "Os Cão" da Redinha continuaram seu cortejo pelas ruas do bairro. Na foto, eles estão na Avenida Central, próximo ao bar Pé do Gavião, quase sem lama, pouca coisa lembra da irreverência deste bloco. Mas, como disse a foliã  Edilma Gomes "Isto é o que dá comprar uma fantasia barata?"

O casal de porta-bandeira e mestre-sala da escola de samba Ferro e Aço de Macaíba no desfile do carnaval de Natal 2015. A escola da Grande Natal fez um bom desfile na Avenida Duque de Caxias e deve continuar no Grupo B do carnaval. Ótimo trabalho, principalmente quando se tem consciência das dificuldades que se tem de colocar uma escola de samba na passarela no RN.

Balanço do Morro faz justas homenagem a Djalma Maranhão no carnaval de 2015

A Balanço do Morro homenageou o ex-prefeito Djalma Maranhão. A escola das Rocas lembrou as obras do prefeiro que entre os seus grandes feitos estava o projeto de alfabetização "De pé no chão também se aprende a ler".

Djalma Maranhão foi um prefeito que tinha os olhares voltados para a educação, para a cultura e democratização popular.  Ele criou polos de alfabetização em vários lugares de Natal, inclusive o barracão da Balanço se transformaria num destes lugares.

Naquele tempo, o mestre Lucarino, um dos fundadores da escola, realizou um belíssimo trabalho em Natal. Ele já realizava o que hoje se chama de inclusão escolar, pegava crianças carente e motivados pelo desejo de integrar a bateria da escola, esta criança era alfabetizada.

Assim, a Balanço do Morro cresceu no bairro e conquistou a simpatia dos moradores, se transformando no orgulho da comunidade. Djalma Maranhão entendia que não era necessário estrutura física, mas sim um professor, o aluno e a vontade de aprender. O prefeito também tinha um olhar ambiental, montando um programa de que cada casa de Natal deveria ter uma árvore (coqueiro).

Malandros do Samba trouxe tema infantil para o carnaval de 2015

A Malandros do Samba, fez um carnaval muito colorido. O tema era voltado para os contos infantis, "Alice no país das maravilhas".
O desfile e o samba enredo conquistaram o público e muitos apostam no título da escola para 2015. No final do desfile, ficou aquela pergunta: será que a Balanço traz coisa melhor? Estratégia dos carnavalescos, pois a verde e rosa seria a última escola a desfilar na Duque de Caxias. Então, o público teve de ficar até às 2h.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A magistral coreografia da Comissão de Frente da Imperatriz

Bailarino ensaia o voo do periquito na Duque de Caxias
A comissão de frente da Imperatriz alecrinense trouxe uma bela coreografia para o  desfile das escolas de samba do carnaval de Natal 2015. Onze bailarinos, vistos em trajes de jogadores de futebol, com as cores do Alecrim Futebol Clube, lembrava, não somente o futebol, mas também o cotidiano do bairro.

Primeiro, os bailarinos ensaiavam uma entrada em campo, em seguida, sentavam no chão em filas, daí, um passava sobre os demais, lembrando o voo do periquito (árvore do Nordeste brasileiro e que é mascote do clube).

A coreografia continuava com os bailarinos, abrindo cartazes que tinham em mão. A primeira vista, pareciam cardápio de restaurantes, mas em seguida, eles formavam o nome da Imperatriz. Depois de beberem e festejarem, alguns se embriagavam, e assim era descrito o cotidiano do bairro comercial, que congrega muitos vendedores informais, e que ao final de um longo dia de trabalho, celebram a vida nos inúmeros bares espalhados pelo bairro.

Aliás, a Imperatriz Alecrinense tem se destacada neste quesito.  O ano passado, a escola trouxe para a avenida, o enredo dos "Quatros elementos naturais", e a Comissão de Frente trazia o elemento fogo, através dos homens da pré-história e seu espanto com a descoberta revolucionária.

A Imperadores do Vale foi a segunda escola a desfila na terça feira de carnaval em Natal. Mesmo sendo uma escola pequena e pouco recursos, a escola fez um bom desfile e atraiu a simpatia da população que se encontrava na avenida Duque de Caxias, na Ribeira, em Natal para ver o desfile das Escolas de Samba do Grupo A. Antes da Imperadores, a escola Asa de Ouro, da Zona Norte de Natal abrira o desfile da noite.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Comunidade das Rocas arregaçam as mangas e botam escolas na avenida em 2015. Somente a Balanço já investiu mais 125 mil

Balanço supera crise e promete muita surpresa hoje
Como o pássaro Feniz da mitologia grega que ressurge das cinzas, os carnavalescos das Rocas provaram que este ano tem sim, carnaval, e a comunidade não mediu esforços para botar suas escolas nas avenidas. O ano de 2014 foi de muita luta, decepção, mas a comunidade aderiu aos apelos dos diretores das escolas Balanço do Morro e Malandros do Samba. Trabalharam noite a fio sem parar, realizaram eventos e contaram até com apelo de carnavalescos do Rio de Janeiro, de que não deixassem o samba das Rocas morrer.

Como este site noticiou no final do ano passado, as alegorias das escolas de samba de Natal estavam jogadas ao relento, sendo destruída pelos efeitos naturais do sol e do vento e também por moradores de ruas que retiravam peças para venderem nas sucatas. As alegorias, que ocupavam barracões ao lado do campinho de futebol do bairro, foram demolidos para que fossem construídos um bloco de apartamentos. Com isto, as alegorias ficaram ao relento.

A Balanço do Morro,  tricampeã potiguar, foi a escola que mais investiu para se manter viva este ano. E, o mais interessante é que parece que a crise ajudou a escola crescer ainda mais. Assim, não se pode dizer que o ano foi ruim, pelo contrário, a crise contribuiu para que a comunidade arregaçasse as mangas e redobrassem sua dedicação. Segundo o vice- presidente da escola Dide, os gastos já ultrapassam os 125 mil, e tudo este dinheiro jamais será recuperado, em vista de que a premiação para a campeã será apenas de R$ 9 mil.  Dide adianta que isto só o amor ao carnaval explicaria tal feito, ainda mais se tratando de uma comunidade tão carente quanto as Rocas.

Carnavalescos e profissionais autônomos fizeram horas extras até alta madrugada para recuperar as alegorias perdidas, entre as quais a água gigante, símbolo da escola. Também foram realizados diversos eventos,como feijoadas, rodas de samba e bingos.

Em solidariedade aos esforços da comunidade das Rocas, o carnavalesco Ze Luis da Império Serrano  vestiu a camisa da Balanço do Morro durante show no Rio em comemoração ao dia do samba, como pode ser visto na Fan Page da Escola.


Quando entrar hoje na avenida (será a última escola a desfilar) a Balanço do Morro vai homenagear o ex-prefeito Djalma Maranhão. Aliás, o barracão da escola serviu para que crianças fossem alfabetizadas, tanto na letra como na música, graças ao empenho do mestre Lucarino.  A escola também vai homenagear  Dosinho carnavalesco que escreveu o tema do projeto de "Pé no chão também se aprende a ler será lembrado no desfile.



Imperatriz traz hoje a avenida a história de 100 anos do "verdão" e bairro do Alecrim

Porta bandeira e mestre sala da Imperatriz Alecrinense
Hoje à noite acontece o tão esperado desfile das escolas de Samba do Grupo "A" de Natal. Na passarela da Duque de Caxias, na Ribeira, vão desfilar seis escolas de samba, e entre elas, a Imperatriz Alecrinense, que neste ano vai homenagear os 100 anos do Alecrim, clube que de futebol que é um dos orgulhos do populoso bairro de Natal. A imperatriz será a quarta escola a entrar na passarela, às 23h.

Com o tema, "Cem anos de verde e branco, o mais valioso tesouro do meu rico Alecrim", o carnavalesco da Imperatriz Alecrinense promete que o desfile vai além de contar a história do tradicional potiguar, mas o centenário bairro de Natal.



O desfile das escolas de samba começa às 20h, com a Asas de Ouro. Em seguida, será a vez da Império do Vale de Ceará Mirim. A Malandro do Samba, grande rival da Balanço do Morro nas Rocas entrar na Avenida. A Imperatriz a quarta escola, e a Ferro e Aço, de Macaíba, escola que subiu no ano passado faz o quinto desfile e para fechar com chave de ouro, nada melhor do Balanço do Morro, a verde e rosa do bairro das Rocas.



Destas forma, a escola irá apresentar ao público as riquezas do comércio, do esporte, através do Alecrim Futebol Clube, da religiosidade, da influência dos americanos no bairro durante a Segunda Guerra Mundial. A escola também vai homenagear o saudoso Djalma Maranhão, com o seu programa de combate ao analfabetismo  no RN: “De pé no chão também se aprende a ler”.


Para contar tudo isto, a Imperatriz Alecrinense entrará na avenida Duque de Caxias,  com 13 alas, quatro carros alegóricos e tripé de comissão de frente que virá com uma grande surpresa. A escola deve sair com 400 componentes”. Enfim, à noite de hoje na Ribeira e Rocas será de grandes atrações, um dia marcante, principalmente para o bairro das Rocas, berço do samba potiguar.