Vida natural

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

RN ganha seu primeiro Memorial da Capoeira no Dia Nacional da Consciência Negra: 20 de Novembro

Memorial fica na Avenida Solange Nunes, em Cidade Nova
Dia 20 de Novembro, a data em que é lembrada a consciência negra no Brasil, o RN vai ganhar o seu primeiro museu histórico da presença africana no território nacional. O prédio, em fase final de obra, está localizado numa área marcada por muita violência em Natal, Cidade Nova. O museu é um projeto arrojado, um sonho idealizado pelo pedagogo Nivaldo Freire, ou o mestre Arrepio, capoeira formado no grupo Cordão de Ouro, o visitante terá a oportunidade de conhecer a história da capoeira, um esporte que surgiu como resistência dos negros a escravidão, sua prática clandestina, a liberdade conquistada no Governo de Getúlio Vargas, até o reconhecimento em 2008, como patrimônio cultural do Brasil.
Mais do que um espaço para guardar a memória da capoeira, o Museu tem um objetivo bem específico. Como educador, Nivaldo Freire deseja que o local seja um espaço para auxílio pedagógico, e em cada canto do Museu, o estudante de Natal vai conhecer na prática quatro séculos da história do Brasil. Assim, o espaço estará à disposição de visitas de escolas do RN, com exclusividade para as públicas.
No Museu ainda vai funcionar bibliotecas, cursos de alfabetização de crianças, rodas de capoeira da criança a terceira idade, inclusive com projetos de inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais.  Aliás, o Museu é parte de um projeto já desenvolvido pelo mestre Arrepio que é o de preservar a capoeira e capacitar agentes multiplicadores nas escolas públicas do RN. Atualmente, existem mais 50 municípios do Estado com agentes multiplicadores.
O Museu da Capoeira vai contar com espaço para realização de eventos culturais, escolas de capoeiras, biblioteca com literatura específica sobre a presença dos negros no solo nacional, exposições de quadros e fotografias, videotecas, entre outros.

Além de preservar a cultura, o Memorial da Capoeira objetivo ser uma aula viva de História

Réplica de um navio negreiro feito por mestre Arrepio e alunos
O Memorial, que além de manter viva a presença dos negros Brasil, tem um objetivo particular, que é auxiliar os estudantes do RN no conhecimento da história do país. Assim, ele é uma é aula viva, onde o estudante visitante vai respirar em cada canto do museu cenas da presença africana em solo brasileiro.

Depois de cruzar o portão de entrada do museu, o visitante depara com um grande salão de eventos. Ao seu redor, exposição de quadros e fotografias contam os 400 anos de presença negra, do surgimento da capoeira, seu tempo em que foi tido como prática marginal e perseguida pela polícia, seu exercício legal ainda no governo Vargas, até a Lei que reconheceu o esporte como  patrimônio cultural brasileiro. Este reconhecimento foi importante para que a capoeira tivesse sua paternidade reconhecida. Ou seja, ela não surgiu na África, mas sim, em território brasileiro. "A capoeira é brasileira, ela surgiu da resistência dos negros a escravidão branca", explica Mestre Arrepio. O mestre explica que mais de 200 países atualmente praticam a capoeira.

Mas, acima deste salão, uma sobre loja. Nela, se encontram maquetes de senzalas, fazendas, os pelourinhos, o cotidiano dos negros no campo e nas cidades. Porém, para chegar até ele, o visitante tem de passar literalmente por dentro de uma réplica, quase tamanho original de um navio negreiro. Este navio é  uma obra de arte que impressiona, porém, o mais inusitado é como ele foi feito. Totalmente de material reciclado, pelo próprio mestre Arrepio e seus alunos de capoeira. Detalhe, ninguém é marceneiro. Cada parte do navio tem um pouco da casa de algum familiar de Arrepio ou de seus alunos. "Aquela parte ali do convés, foi feito por uma janelas que minha avó ia jogar fora", aponta o mestre Arrepio.

Outro detalhe do museu é o berimbau na frente do prédio. É um berimbau gigante, que segundo o mestre Arrepio está inscrito para entrar no Guiness Book, o Livro dos Recordes.  O museu fica na Avenida principal de Nova Cida, exatamente entre os dois morros, que ate anos passados, ficaram conhecidos pela desova de cadáveres. Exatamente neste local, o mestre Arrepio tem um sonho, que é o de preparar, aqueles meninos de Cidade Nova, que queiram viver da capoeira. "Quero prepará-los para entrarem na Faculdade de Educação Física e continuarem preservando as raízes culturais do Brasil", conclui


Mestre Arrepio é pedagogo e persegue um sonho: usar a capoeira como recurso para a inclusão escolar

Mestre Arrepio: a riqueza literária afro a disposição da escola
Ao conhecer a capoeira, Nivaldo Freire, o mestre Arrepio, que é educador, perseguiu um objetivo, que é o de levar a capoeira a todos os municípios potiguares. Este é um sonho que ele persegue há 28 anos, e na relação com os seus alunos, ele percebeu que ela poderia contribuir para a melhoria da aprendizagem das crianças.
Hoje o projeto Capoeira no RN, mapeando os pontos de capoeira no RN, salvaguardando a cultural imaterial, conta com a adesão de mais de 50 municípios potiguares.

Para o pedagogo, a cultura afro é rica em poesia, contos, músicas e danças. A literatura, adicionado a prática da capoeira envolvem os alunos e assim encontra traços afetivos para envolvê-los nos conteúdos escolares. Assim, Nivaldo Freire, o mestre Arrepio vem contribuindo para a educação de crianças potiguares.

Para por o projeto em prática, mestre Arrepio tem contado com diversas parcerias, outros colegas professores de escolas e de membros do seu grupo, o Cordão de Ouro. Também tem contado com apoio do Governo Federal, através do IPHAN ( Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Secretaria de Educação e Cultura, Fundação José Augusto.

domingo, 21 de setembro de 2014

CEDD e Santarém empatam sem gols no jogo de abertura do Grupo D da copa Nossa Cidade Natal

Marcação cerrada foi uma caracteristica da partida
CEDD e Santarém fizeram um jogo disputadíssimo,  pelo grrrupo D da regional Zona Norte da II Copa Nossa Cidade de Natal. A partida aconteceu hoje (21/09), à tarde no campo do Pajuçara.  No final do tempo normal, o placar foi de 0 a 0. Este foi o primeiro jogo da rodada dupla que ainda teve Niterói x Pajuçara.  Além destes dois jogos, aconteceram mais oito somente na regional Zona Norte, e mais Oito nas outras regionais, Sul, Oeste e Leste.
Mostrando um futebol corrido, as duas equipes buscaram a todo o tempo o gol, porém os meninos não acertavam o caminho do gol. Além da marcação cerrada de ambas as equipes, o péssimo estado do campo do Pajuçara talvez tenha sido fator decisivo para que os goleadores não finalizassem com perfeição.

Rodada dupla em Pajuçara tem jogos dísputadíssimo com apenas um gol

Copa Nossa Cidade Natal de futebol sub-15