Vida natural

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Ensaio da banda "Antigo Carnavais", no Bar Amarelinho, no Centro, se transforma em prévia de carnaval de Natal

Multidão se rendeu ao som contagiante do frevo
Bastou o ensaio da banda "Antigos Carnavais", para um multidão cair no frevo na noite deste sábado (12) no Centro de Natal. A banda que neste ano está completando  13 anos de folia, pretende mais uma vez reunir outra leva de foliões na sua saída pelas ruas da Cidade Alta e Ribeira nos dias de carnaval.  Mas, pelo que aconteceu nesta sexta-feira, a banda vai "tocar fogo na cidade" mesmo.
O ensaio que aconteceu no Bar Amarelinho, na Praça André de Albuquerque, centro, reuniu pessoas de todas as faixas etárias. O som dos insrtumentos de sopro, acompanhando pelas batidas fortes do tarol, torna o frevo um ritmo contagiante, e não tem quem consiga ficar parado. 
Os integrantes da Antigos Carnavais afirmam que o objetivo da banda é manter a tradição de um autêntico carnaval e assim trazer para a rua os foliões que gostam de um carnaval a moda antiga somente com frevo e musicas clássicas do antigos carnavais. No Carnaval, a banda tem saída prevista para o dia 28 de fevereiro, com concentração na Praça André de Albuquerque. De lá ela vai percorrer  fazendo as ruas da Cidade Alta e descendo em direção à Ribeira.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Componentes da tribo Tapuias ensaiam na rua Beberibe na esperança de fazerem bonito no carnaval de 2014

Cenas do ensaio que aconteceu hoje ás 20h na Redinha
Mesmo em meio a crise, a tribo Tapuias da Redinha mantém viva a tradição dos seus antepassados. Enquanto o cacique Valdir luta para conseguir recursos para botar o grupo na Avenida Duque de Caxias, os integrantes ensaiam os passos na Rua Beberibe na esperança de fazer bonito no carnaval de 2014.
A única benfeitoria que aconteceu no local do ensaio foi a iluminação pública, com dois cordões de iluminação. Sem nenhuma placa de sinalização, os ensaios tem de ser suspenso cada vez que um carro entra na rua. "Isto é muito perigoso, ainda mais porque tem crianças e adolescentes ensaiando, e o senhor sabe como é esta gente", explica o cacique Valdir.
O cacique também encontra muita dificuldade em  reunir os integrantes para o ensaio. Isto porque a maioria dos integrantes adultos trabalham em funções de muito desgaste físico, como auxiliares de pedreiros, pedreiros, ambulantes e ao chegarem em casa, não encontram forças para irem ao ensaio.
Mas, o cacique acredita que a medida que o carnaval for se aproximando, se vai criando o clima e eles vão superar todas as dificuldades. "Nos próximos dias o senhor vai ver, vai ficar tudo cheio aqui",aposta o cacique.

Tapuias, tribo mantida por familiares de pescadores da Redinha, encontra dificuldades manter a tradição

O cacique Valdir, dona Francisca e família consertam cocares
A família que mantém a tradição é formada por pessoas de baixíssimo poder aquisitivo, vivendo de pesca, e pequenos serviços. Bastantes simples, ela encontra muita dificuldade em manter a tradição. Isto só é possível graças ao empenho do cacique Valdir e sua esposa dona Francisca.
Assim, a única forma que o casal encontra para manter Os Tapuias desfilando nos carnavais é a ajuda de custo que eles recebem da Fundação José Augusto e doações de pessoas que compõem a tribo. Mas, não é fácil, em vista de que muitos deles também não tem empregos.
O cacique Valmir disse que para este ano, a situação ficou muito difícil, pois a verba pública ainda não saiu, devido o não pagamento da outra gestão. Como ele guardou o material do ano passado, eles estão recuperando algumas peças parcialmente destruídas. "Mas falta muita coisa, pois tem integrante da tribo que não quer devolver a peça no final do desfile, e como eles não tem cuidado, quando chega no desfile do ano seguinte está destruído e a gente tem de fazer tudo novamente", lamenta. Sem verba, o cacique tem tirado do próprio bolso dinheiro para comprar material. "É muito caro, outro dia comprei R$ 70,00 de penas e era um pouquinho, que não deu para fazer quase nada, mas era tudo que tinha em dinheiro", explica. O cacique também acrescentou que os tempos mudaram, e que antigamente este material era adquirido nas casas, pois era fácil arranjar penas de galinhas, guinés e pavão na comunidade. Ele lembra que agora é tudo comprado, e tem pena que o quilo chega a custar até R$ 900,00. Durante a entrevista, o cacique ainda mostrou que faltava até cola para consertar os cocar e também elásticos, que são usados para prendê-los a cabeça.
DOAÇÕES. Em vista da dificuldade que passa esta tribo, deixou o telefone do cacique Valdir para quem queira contribuir com esta tradição entrar em contato com ele: (084) 8737-9097.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Mesmo faltando 15 dias para o início do carnaval, ensaios das bandinhas de frevo dão o tom da folia na Redinha

Músicos do Baiacu. Cristina e Marcelo em destaque
Mesmo faltando 15 dias para o início da folia, pelo menos três focos de folia já podem ser encontrado na Redinha todas as noites a partir das 19h. Um na rua do Cruzeiro, com  ensaio da tradicional bandinha do Baiacu na Vara, outro na Nana, com a a orquestra de sopro do mestre Roberto e, o terceiro, na Rua Beberibe, onde os índios Tapuius preparam seu desfile ritualístico recontando a história do ritual dos nativos brasileiro.
Na praça do Cruzeiro, já se pode verificar uma boa movimentação de gente, vendedores ambulantes e jornalistas que vem acompanhar os ensaios do tradicional bloco da Redinha.
Mesmo faltando acertar alguns detalhes, a fundadora do bloco, Cristina Medeiros adiantou que o Baiacu vai sair verdinha e amarelo, em homenagem a Copa do Mundo, que acontece no Brasil e Natal é uma das cidades sedes. Cristina Medeiros é a que está em destaque, ao lado do maestro Marcelo.
O Baiacu na Vara é um bloco que esbanja simpatia e agrega foliões da Redinha, mas também de outras cidades e Estados. Como o desfile acontece na quarta-feira, muita gente que brincou em outros estados, vai curar a ressaca no Baiacu. A concentração do bloco acontece às 8h e sai às 10h. 
O Baiacu na Vara surgiu num desafio de Cristina, ainda adolescente, com o seu pai.  Cristina disse que botaria um bloco na quarta-feira. A foliã lembra que manhã, seu pai me acordou e em tom de deboche perguntou: "Cadê seu bloco?" Numa resposta de menina bicuda, Sem a foliã pegou um lençol de cama e saiu desfilando pela praia. Alguns amigos foliões a seguira. muitos gostaram da brincadeira. No ano seguinte surgia o Baiacu na Vara. Atualmente o bloco arrasta uma multidão adiou o final na quarta-feira.
Na Rua Beberibe, a tribo guiada pelo casal Valdir e Francisca ensaiam para a apresentação na Duque de Caxias e a tradicional saída na terça-feira, às 15h. Os Tapuius dão uma volta nas principais ruas da África, Redinha Nova e Velha. Dão uma parada no Mercado da Redinha, onde rendem homenagem a dona Dalila, uma nativa que os anos 50 inventou uma iguaria baseada na comida dos índios nativos da Redinha: a ginga com tapioca. O peixe com tapioca conquistou o paladar dos moradores e até de ilustres brasileiros, como  Câmara Cascudo e Jorge Amado.
Depois da homenagem a dona Dalila, os Tapuius retornam para a Rua Beberibe, onde realizam o ritual do sacrifício do guerreiro capturado. 

Mestre Roberto prepara seus músicos para puxarem blocos e troças no carnaval da Redinha

Ensaios estão acontecendo a partir das 19h no Nana Banana
No Nana Banana, os músicos regidos pelo mestre Roberto, do Acupe ensaiam desde o início do mês. A orquestra de sopro vai puxar os diversos blocos e troças que vão desfilar pela Redinha durante os festejos carnavalescos.
Na Redinha, se mantém a tradição de um carnaval puxado pelas bandinhas de sopro tocando marchinhas e frevo. O estilo musical é uma alternativa, em vista das ruas estreitas, o que impossibilita o tráfego de trios elétricos.
Além dos blocos tradicionais como Baiacu na Vara, Raparigas, Camburão, nos dias de carnaval na Redinha outros blocos populares vem se agregando. Mas, o ponto alto é o Baiacu na Vara na quarta-feira, em vista o bloco congrega também pessoas que participaram de outros carnavais, até do Recife, e foliões que estavam em cidades do RN como Macau, Gramoré e Areia Branca. Na quarta, estes foliões vem se somar aos da Redinha.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Na rua soldado Luiz Gonzaga já se vive clima de carnaval com os ensaios da bateria da Malandros do Samba

Escola aposta nas crianças para eternizar o samba nas Rocas
Além da rua Mestre Lucarino, a soldados do Luiz Gonzaga é outro foco de folia no mês de fevereiro. Nesta rua das Rocas, está a sede da Escola Malandros do Samba, a escola, que ao lado da Balanço do Morro, garantem a folia no bairro da zona leste de Natal.
A folia começa cedo, por volta das 19h, momento em que seus 900 integrantes começam a chegar de uma jornada de trabalho. Aos primeiros sons da bateria, começam a chegar também populares, até que o som se torna contagiante. São pessoas de terceira idade, jovens e crianças. Os ensaios estão acontecendo em todos os dias da semana.
O fato é que a Malandro do Samba vem passando por um momento muito importante em sua história. No ano passado, a escola conseguiu realizar um grande sonho, que era a recuperação de sua sede na rua soldado Luiz Gonzaga.  A diretoria realizou uma campanha com seus associados e conseguiu, ao longo do ano arrecadar R$ 30 mil, verba suficiente para reconstruir todo o prédio, que até então estava em ruinas, inclusive com a energia elétrica cortada. Além dos tradicionais ensaios em dias que antecedem o carnaval, a escola também promove uma série de eventos culturais durante o ano.



Trabalho no barracão se estende pela madrugada porquê Malandros do Samba quer o pentacamepeonato em 2014

São 22h de 2ª feira e trabalha no barracão da Malandros
A tetracampeão Malandros do Samba quer o penta em 2014. Para isto, os integrantes da escola das Rocas vem trabalhando duro desde o início do mês. Eram 22h da segunda-feira (10), quando a reportagem visitou um dos galpões da escola, a parte de adereços e fantasias, e seus integrantes estavam trabalhando arduamente.
A Malandros promete ir para Duque de Caxias com um carnaval arrojado e que tem uma proposta de homenagear a copa, sem esquecer as tradições do Nordeste, e de quebra, mostrar que corre nas veias deste povo, também uma grande paixão pelo samba.
De samba, quem acompanha o carnaval potiguar sabe muito bem que a Malandro entende do assunto. Mas, de tradição nordestina? A direção da escola que é presidida por Lailson Paulo do Nascimento, sabiamente foi buscar neste seguimento no RN: as quadrilhas juninas de Natal, entre elas, a "Coração Matuto", de Mãe Luíza.
Assim, falando de copa do mundo, festejos juninos e samba, a Malandro do Samba vai entrar na Duque de Caxias, com 900 integrantes, divididos em 17 alas (para contar este enredo de tirar o fôlego). Destas forma, os carnavalescos Paulo Pedrosa e José Francisco, vai trabalhar o samba enredo de Eri e Evilásio, com o tema: "No voo da asa branca, as raízes e as tradições da copa do mundo, em um estado do Nordeste, Malandros do Samba faz pulsar estas emoções".

Aos 56 anos de fundação, Malandros não surgiu na mesa de um botequim, mas na porta de igreja católica nas Rocas

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Malandros do Samba, é outra escola que não deixa o samba morrer no bairro das Rocas. 
Em seus 56 anos de existência, os Malandros tem um história de conquistas em meio as adversidades que marcam a falta de incentivo ao carnaval popular em Natal.
Malandros tem uma história bonita, quase uma lenda, que contagia o povo das Rocas. A escola envolve velhos, os guardiãs de tradições, jovens e até crianças. Nos ensaios, são crianças que mal parecem poder levantar os instrumentos, mas estão lá, engatinhando no samba, aprendendo com os mais velhos.
O nascimento da Malandro, já tem algo inusitado. Ela não nasceu numa mesa de betoque, mas, pasmem, na porta de uma igreja católica. Diz na capa do site da  escola: "Malandros do Samba foi fundada na porta da Igreja Matriz Sagrada Família (Rocas), em 27 de junho de 1958".. Na calçada da igreja estavam  vários boêmios da noite, entre eles, Aluízio Pereira, Toinho Costureiro, João Bem-Te-Vi e Manoel Farrapo. 
Entretanto, os boêmios tinha algo em comum como samba.Eles integravam blocos carnavalescos. Assim, Os Malandros surgiram  da fusão dos blocos Sainhas, Endiabrados no Samba e Pinto Pelado. Os ícones da Malandro são Antônio Melé - um dos baluartes do carnaval do passado e Joaquim Domingos (ex-presidente), além da madrinha Nazaré.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Balanço do Morro mostra que Natal tem sim carnaval e mantém a tradição do saudoso mestre Lucarino

O samba no pé de Lilian Karla e Roberta Melo da Balanço
Que diz que Natal não tem carnaval é porque nunca foi ao bairro das Rocas no mês de fevereiro. Hoje (10/02), em plena segunda-feira, o samba estava rolando solto na Mestre Lucarino, rua que leva o  nome do expoente do samba potiguar e onde está localizada a sede da Balanço do Morro. A folia aconteceu hoje e vai acontecer todos os dias de segunda a sábado, quando músicos e passistas acertam os últimos detalhes para o desfile das Escolas de Samba na Duque de Caxias.
Além da Balanço do Morro a Malandro do Samba também faz ensaios todos os dias até o carnaval. A Balanço do Morro e o mestre Lucarino são referências no carnaval de Natal.
O G.R.E.S Balanço do Morro foi fundada no ano de 1966, por Lucarino Roberto de Sousa, popularmente conhecido como Mestre Lucarino. Lucarino foi marcante, pois conseguiu colocar o carnaval de Natal como o terceiro carnaval do país (perdendo apenas para o Rio de Janeiro e Olinda). Lucarino é considerado o grande pai dos foliões do Bairro das Rocas, pelo o seu envolvimento pessoal com seus foliões tirando-os das drogas e de qualquer problema familiar.  Lucarino também  movimentou com bravura as noites de Serestas por todo o estado do RN. Ele respirava samba samba e contagiava a todos em qualquer lugar que tenha passado. Compositor exímio de Sambas Enredo, não apenas para a sua Balanço do Morro, mas quem o procurasse. 
 

Rocas respira carnaval há 15 dias, e ensaios de escolas de samba transformam o bairro em festa a semana toda

Ensaio da Balanço do Morro, do saudoso mestre Lucarino
Quer um conselho? Se você for daqueles que não gosta de barulho, pois não passe nem perto das Rocas no mês de fevereiro. Mas, se você gostar de samba, agito e animação, este bairro certamente será o seu alvo. Faltando quase um mês do carnaval, as Rocas respira samba o dia inteiro. Os barracões movimentados, com artistas e costureiras confeccionando fantasia, durante o dia.
Mas, quando a noite cai, é hora dos tambores, taróis, reco-reco e cuícas darem seu ar de graça.
Na sede da Balanço do Morro, na rua que recebeu o nome do mestre Lucarino, o movimento começa cedo, mesmo sendo em plena segunda-feira. O mestre de bateria trabalha para deixar sua equipe afinada. Enquanto isto, as mulatas caem no samba, pois precisam entrarem em sintonia com o som que saem dos tambores. Mas, a movimentação não é apenas na Balanço do Morro, outras escolas como a Malandro do Samba, também fazia seu ensaio, a uma distância de apenas três ruas da Lucarino. Outras escolas também faziam seus ensaios, em Brasília Teimosa.

Foliões da Balanço do Morro trabalha duro em galpões na Ribeira para fazer bonito na avenida Duque de Caxias

Pilhas de fantasias se amontoam no galpão da Balanço
Se você pensa que a vida de folião é só moleza, com suas apresentações nos desfiles de carnaval, está muito enganado. Carnaval, pode ser lazer e diversão para o público que vai assistir as escolas de samba de camarote. Mas, para os integrantes de uma escola, é sinônimo de muito trabalho, dedicação e amor.
Mesmo faltando quase um mês para o início da folia, os trabalhos já iniciaram há mais de 15 dias, e uma jornada de trabalho para lá de prolongada. Nos barracões, como o da escola Balanço do Morro, nela só se respira carnaval o dia inteiro. Os trabalhos começam às 9h e muitas vezes vão até a madrugada. São confecções de fantasias, adereços, consertos de carros, costuras. Um trabalho que envolve técnica, arte e muita criatividade. Tudo acontece em três galpões num prédio da Rua Câmara Cascudo na Ribeira. "A gente se desdobra, tem de ser criativa, pois os recursos são poucos e, e lutamos para que a nossa escola fique bonita na avenida", explica a aderecista. Ela lamenta que os recursos não sejam escassos para a importância que se tem os desfiles das escolas de samba. "Nós fazemos um carnaval cultural, que traz para a avenida recortes do Brasil", explica.
Além dos trabalhos nos barracões, os foliões ainda tem de ensaiar. E, hoje, em plena segunda-feira, tem ensaio na sede da Balanço. Às 18h, os integrantes da escola saem dos galpões e vão direto para a rua Mestre Lucarino para ensaiarem até às 22h.

Família de pescadores da Redinha mantém a tradição de sair no carnaval com ritual da tribo dos índios Tapuius

No quintal da casa, tribo  prepara janta a base de coco
Uma família de pescadores na Redinha mantém viva a tradição de levar às ruas no período carnavalescos as narrativas dos índios Tapuius. Numa casa simples, onde em seu quintal foram construídas outras duas casas para abrigar os filhos da clã de Valdir Brito e Dona Francisca. A casa fica na Rua Beberide, na Redinha Velha, quase nas dunas da África.
Dona Francisca informou que perdeu a noção de quando a tribo foi criada. Mas, que é uma tradição que vem passando de geração em geração, e que filhos e netos continuem depois que eles morrerem.
Mesmo sendo num perímetro urbano e num terreno muito pequeno, a família ainda guarda muito dos seus antepassados. Nas três casas residem  os patriarcas da família, seu Valdir e Dona Francisca, suas filhas, e netos. Criam galinhas e, debaixo de um pé de caju, a família prepara a janta, que será servida bolo de milho e ginga com tapioca. Enquanto dona Vilma prepara a massa, sua filha rala o coco e seu  neto abre mais outro coco.
Além de participarem do desfile do carnaval popular das Rocas, os Tapuuus ainda sai nas ruas da Redinha, às terças-feiras, e em seguida se concentram no Mercado Público. Lá, fazem uma homenagem a dona Dalila, descendente de índios que tornou a ginga co tapioca a iguaria da Redinha, e em seguida, realizam o ritual de queima do caçador, uma prática que os nativos, não somente das Américas, mas também todo o mundo costuma realizar. Para eles, ao sacrificar o guerreiro adversário, sua energia seria transmitida para a tribo que o captou. Este ritual foi estudado por diversos antropólogos e os Tapuius da Redinha tem sido tese  de mestrado em Ciências Sociais na UFRN, com Ilo Fernandes Costa Júnior: "Sacrifício Ritual" e Valdemiro Severiano Filho, "Carnaval de Natal/RN: espaço dos índios no tempo da folia".

Funcarte anuncia programação do carnaval oficial de 2014 e Elba Ramalho cantará na Redinha no domingo

Elba Ramalho será uma das atrações nacionais
A cantora Elba Ramalho será a grande atração do carnaval do litoral norte. Ela vai se apresentar no domingo de carnaval na praia da Redinha. Além, dela, a Prefeitura de Natal confirmou  a presença de outras atrações nacionais como: Moraes Moreira, Alceu Valença, Mart'nália, Originais do Samba e Spok Frevo Orquestra também estão entre as atrações já anunciadas.
De acordo com informações da  Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte), responsável pela programação, a abertura do carnaval  acontece na quinta-feira, dia 27 deste mês, com o tradicional Baile de Máscaras, no Largo do Atheneu. A atração é Spok Frevo Orquestra, de Pernambuco.
A folia em Natal segue com Moraes Moreira, na sexta-feira (28), em Ponta Negra. No sábado (1º de março) tem Alceu Valença, também em Ponta Negra. No domingo (2) é a vez de Mart'nália se apresentar. O show acontece no Centro Histórico, durante o Desfile das Kengas.
No domingo (2), a cantora Elba Ramalho é a atração na praia da Redinha, na zona Norte da cidade. Na segunda (3) e terça (4), tem o grupo Originais do Samba, fazendo show nas Rocas.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Ricardo/Márcio vencem Bernat/Ferramenta por 2 a 0 e estão com as mãos na temporada de vôlei de praia

Lance da decisão do 3º lugar do Circuito
Na disputa pelo terceiro lugar, o baiano Ricardo e o cearense Márcio derrotaram a surpresa Bernat/Ferramenta (RJ) por 2 a 0, parciais de 21/19 e 21/13, completaram o pódio e abriram ainda mais na liderança da temporada 2013/2014, colocando praticamente as duas mãos no título. Agora, eles somam 2.280 pontos, contra 1.800 de Bruno/Hevaldo (AM/CE) e 1.680 de Evandro/Vitor Felipe (RJ/PB).
Mesmo derrotado, o convite feito por Bernad ao torcedores decepcionados por não entrarem  na arena foi verdadeiro. O jogo foi de alto nível técnico, e mesmo os favoritos Ricardo e Márcio ficando a frente do placar na maioria dos dois sets, o fato é que Bernat/Ferramenta deram bastante trabalho, principalmente no primeiro set. Este set fecharia com o placar de 21/19.
No segundo set, Ricardo/Márcio fizeram uma partida mais tranquila. Bernat/Ferramenta ainda tentaram alguns ataques, com batidas fortes, não conseguia vencer o bloqueio. Assim, depois de um início de segundo set bastante equilibrado, Ricardo e Márcio abriram quatro pontos a frente, e daí em diante a dupla se distanciaria no placar. Preciso no bloqueio e com jogadas precisas, jogava a bola em lugares vazios da quadra, sem defesa para o rebote do adversário. O fato, é que quem ficou de fora da arena, viu a partida da dupla que está com as mãos no título da temporada.

Pais e maridos servem de arquibancadas para que familiares assistam a decisão do 3º lugar no vôlei de praia

Mesmo quem se conformou em assistir a decisão do terceiro lugar entre Marcio/Ricardo x Bernat/Ferramenta. Depois de alguns integrantes do Corpo de Bombeiro terem ido esclarecer aos populares na fila que não existiria mais possibilidade deles assistira a fina, muitos voltaram seus olhares para a quadra 04, fora da arena.
Como o local dispunha apenas de lances de arquibancadas numa lateral, logo elas ficariam lotadas e, cada torcedor iria disputar um lugar ao lado do alambrado, isolado por uma rede de malha.
Para as pessoas de estatura alta, o local não apresentava muita dificuldades, o que não aconteciam com os baixinhos e crianças. A saída, era pais, namorados e esposos servirem de arquibancadas para membros de suas famílias de pouca estatura. Assim foi o caso de Jefferson. O torcedor disse que seu filho é apaixonado por voleibol, e que desde ontem ele só falava nos jogos de hoje. Mas, como mora em São Goçalo, mesmo acordando às 7h, ao chegar no local do evento já encontrou a placar de que a lotação estava esgotada. A saída foi vera disputa do terceiro lugar. Mesmo assim, as arquibancadas já estavam lotadas e ele teve de ver o jogo com seu filho montado em seu pescoço.

Populares acordam cedo,enfrentam filas, mas muitos "perdem" final do Circuito BB de vôlei de praia em Natal

A esperança é a última que morre, muitos resistem na fila
Quem não madrugou ficou de fora da final do Circuito Open Banco do Brasil de vôlei de praia, que aconteceu na manhã de hoje, na praia do Forte em Natal. Às 9h, o número de torcedores lotaram a arena, inclusive não tendo nem mais lugar até mesmo para os convidados. Muita gente que ia acompanhar o evento para postar matérias em sites de informações ficou também de fora, pois fiscalização do Corpo de Bombeiro impediu que colocasse mais gente.
Inclusive, os militares foram até a enorme fila que se formou, para avisar que não adiantava alimentar a esperança, pois o número de pessoas na arena era muito grande, se se entrasse mais gente poderia comprometer a segurança. Mesmo assim, muita alimentou a esperança e continuava sem "arreda pé" da fila.
Mas, como prêmio de consolação a disputa pelo terceiro e quarto lugar aconteceu na quadra 04. O locutor do evento anunciava que seria um grande jogo, inclusive em quadra nome como Márcio, Bernad e revelações como Ferramenta. Mas, somente teve acesso a arena central do evento quem acordou cedo. Um exemplo disto foi João Eufrásio, ele chegou às 6h e quando os portões abriram, ele foi um dos primeiros a entrar. Neste momento a fila dobrava a quadra externa e se aproximava dos pilares da ponte.
Bastante simpático, Bernard foi até o alambrado, onde se concentrava um bom número de torcedores e informou que ali iria acontecer um grande jogo. Ele conversou trocou informações com os torcedores, enquanto muitos aproveitaram para fotografá-lo mais de perto. O atleta ainda estirou as mãos para tocar em alguns fãs.
Outra atração, para os que ficaram de fora, foi a pescaria promovida pela Cenoura & Bronze. A brincadeira envolveu não somente as crianças como também até adultos.