Vida natural

terça-feira, 17 de março de 2015

Fim das doações de empresas a partidos políticos é uma saída para amezinar a corrupção no Brasil

As pessoas estão muito interessadas em cassação deste ou daquele político. Mas,podem cassar a torta e a direita, que o mal jamais será cortado pela raiz, enquanto não se fizer uma alteração nas imorais doações empresariais a partidos aos partidos políticos.

Ou alguém tem dúvida de que qual seria o interesse de determinada empresa depositar quantias fabulosas de R$ 100, 200 ou 500 mil a determinado candidato.

Nas últimas eleições aconteceu isto a torta e direita. Teve até empresa que dou R$ 60 mil a Marina, R$ 120,00 a Aécio e R$ 90 mil a Dilma. Ou seja, resolveu apostar nos três candidatos, como forma de garantir a fatia do bolo antecipadamente.

Aliás isto é muito antigo. Por baixo do tapete corre também as famosas concorrências previamente marcadas. O cara cria uma empresa "A" no nome de um amigo laranja., "B", a outro e "C" a outro. Na licitação, estão lá as três concorrendo aparentemente legalizadas.

No tempo de Micarla, prefeita de Natal, apareceu até uma empresa que oferecia produtos hospitalares com endereço no Golandim, um bairro muito pobre da Grande Natal. A reportagem de um jornal foi até este endereço e lã encontrou  uma senhora de 48 anos, desempregada, e sem ter o que comer, e sem condições de comprar uma caixa de picolé. "Imagine eu ser empresária", indagou aquela senhora apática.

Fazem uns 30 anos, meu pai tinha um comércio e vendia bebidas (aqueles morre em pé com sinuca e tudo). Então, um camarada geralmente aparecia lá quase todos os dias. Bebia, comia e jogava sinuca com os outros amigos. Eu era ainda adolescente, mas aquilo me chamava muito a atenção. O que fazia aquele camarada levar aquela vida tão tranquila. Não o via falar em trabalho.

Posteriormente eu soube, por ele mesmo, que ele tinha uma "empresa" que abastecia alimentos para escolas públicas de uma cidade da Grande Natal. O mais interessante é que nunca vi um único caminhão encostar com alimentos nas proximidades da casa dele. Mas, que este sujeito levava uma vida tranquila, isto sim. Boa casa, carro na garagem e uma vida bem mansa.

Claro, que este camada, assim como muitos, viveram a vida inteira na tranquilidade. Até porque há 20 anos, as coisas eram mais frouxas do que hoje Ou o ser grupo político era majoritário e não sofreu perseguição. Ainda jovem, acreditava muito na justiça e como a maioria do povo brasileiro, nos meios de comunicação também. Meus olhos se abriram quando cursei jornalismo e exerci a profissão, vivenciei como aquilo funciona. Sim, naquele tempo, professores e colegas de trabalho comentavam das manobras de Roberto Marinho (Globo), Silvio Santos (SBT), Adolfo Bloch (ex-Manchete), Sayad (Bandeirantes) e Frias (Folha de São Paulo).

Pois bem, certo dia, em conversa com uma chamada "Raposa política" do RN, conversava bastante entusiasmado da possibilidade de um país justo, sem corrupção. Ele sorriu da minha inocência, e comentou. Nunca isto vai acontecer.

Ele comentou, pegam um aqui, mais como bode expiatório e outros agem tranquilamente.
Ora, da mesma forma, duvido que a tal reforma política saiu algum dia. Por outro lado, mesmo que isto aconteça, os lobos pensarão outra forma de corrupção. Ou alguém já recebeu um helicóptero para passar o final de semana (teve um ex-presidente que recebeu, o azar dele foi que o danado caiu e o matou). Ou outro que sabendo que você não tem dinheiro para pagar, ainda assim compra um avião e o presenteia (outro presente avarento, isto aconteceu e o cara morreu na queda deste avião).

Mas, tem aqueles que constroem aeroporto em terrenos de familiares e mais uma vez, o azar bate a porta. Acha de um danado de um helicóptero carregado de cocaína baixar neste local. Este teve mais sorte, porque não sabia de nada e a culpa recaiu no piloto. Sim, não isento, claro, as doações filantrópicas ao PT, e também ao PSB, e PSDB de Aécio.

Ficaria muito feliz se encontrasse algum empresário de tão bom coração e bolso tão tão suave que me fizesse tamanha obra de altruísta. Ficaria muito satisfeito com a menor ajuda, a de R$ 80 mil, seria de bom tamanho.