Vida natural

domingo, 7 de julho de 2013

Um dos maiores nomes do jiu-jitsu do RN busca patrocínio para representar o Estado em competições nacionais

JONH ROSSI- E seus 15 títulos, estaduais, regionais e nacionais
"A mudança na minha vida aconteceu depois de ter ficado mais de mês acamado devido uma fratura exposta na perna e solitário em casa sem receber amigos, quando uma pessoa que julgava me odiar me falou 'levante a cabeça e vamos lutar comigo'!". A fala ao lado  mais parece um testemunho de fé numa igreja neopentecostal, mas não é. Ela é sim, a história de vida de John Rossi, 26 anos, um dos lutadores de jiutsu mais premiados na categoria galo (até 55,5 com kimono) do Estado. O lutador coleciona 15 medalhas e é o segundo no ranking que classifica os atletas para representar o pais no campeonato mundial.
Mesmo com tantas conquistas, o catatau de medalhas de John poderia ser ainda maior, o que representaria a sua posição no ranking brasileiro. Porém, o lutador explica que os combates nacionais e internacionais acontecem nos grandes centros urbanos, principalmente em Fortaleza, Recife e Salvador. Como não disponho de patrocinadores que possam bancar minhas viagens, findo deixando de competir e com isto perdendo ponto na classificação nacional.
Menino de família pobre, residente no conjunto Soledade II, Rossi jamais imaginaria, até os 20 anos, que o jiujitsu seria a modalidade esportiva de sua vida. Filho de Erivaldo, um respeitado volante do bairro, Rossi seguia as pegadas do pai. Começou no esporte como jogando na defensiva. "Não gostava de jogar na frente, mas na marcação, fazendo pegadas fortes", comentou. Mas, foi numa destas investidas que ele se deu mau e numa disputa de bola com um atacante numa partida do Soledade II, fraturou a perna e ficou em recuperação em casa. Neste momento, aconteceu uma guinada em sua vida depois de um fato inusitado. "Tinha uma camarada da minha idade aqui na rua que só olhava para mim com cara de quem me odiava. Era o Zé Antônio, e ouvi de outros colegas meus que ele tinha dito que eu era metido a besta". Pois foi exatamente Zé Antônio, o provável 'inimigo' que estendeu a mão ao atleta no momento difícil.
Rossi relembra que estava em frente da calçada de sua casa, bastante deprimido, quando Zé Antônio chegou e disse, "Cara, levante a cabeça e vamos lutar comigo!". Rossi atendeu o convite e foi visitar a academia Kimura União (ZN) em que ele treinava e lá ele começou a ensinar alguns golpes do jiu-jitsu.
Na mesma semana, Zé Antônio foi até a casa Rossi e falou para os pais do jovem iniciante. "Seu filho é um diamante bruto, mas vou lapidá-lo e dentro de pouco tempo terá uma joia trabalhada".
Depois da visita, exatos 45 dias, aconteceu um torneio no Felipe Camarão, quando Zé Antônio disse para Rossi que ele estava apto a competir. "No hora hesitei,mas com tão pouco tempo?". Sim, você está em condições siga minhas recomendações e faça a sequência de golpes que treinamos até agora.
Não deu outra. Rossi entrou no tatame e fez o dever de casa certinho. "Esperei o momento certo do golpe. Numa rápida distração do adversário, dei uma queda, em seguida passei a guarda e fui para as costas e finalizei a lutra", lembra Rossi. A fala do atleta, mesmo parecendo grego, é na realidade uma técnica inicial de golpes que é ensinada no jiujitsu e fundamental para quem está iniciando  no esporte.
Assim começou a carreira vitoriosa de Rossi. Rapaz simples, que não esquece aquelas pessoas que lhe deram a mão. Olha, agradeço, primeiramente a Deus, a Ze Antônio, meus pais, são eles que não medem esforços para me ajudarem. Também tem dois empresários que tem ajudado ao atleta; Jordan Games Cell e Decinho Empresa de Contabilidade. "Estes dois camaradas tem me ajudado muito. Eles só não fazem mais porque não podem", reconhece John.


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