O cacique Valdir, dona Francisca e família consertam cocares |
Assim, a única forma que o casal encontra para manter Os Tapuias desfilando nos carnavais é a ajuda de custo que eles recebem da Fundação José Augusto e doações de pessoas que compõem a tribo. Mas, não é fácil, em vista de que muitos deles também não tem empregos.
O cacique Valmir disse que para este ano, a situação ficou muito difícil, pois a verba pública ainda não saiu, devido o não pagamento da outra gestão. Como ele guardou o material do ano passado, eles estão recuperando algumas peças parcialmente destruídas. "Mas falta muita coisa, pois tem integrante da tribo que não quer devolver a peça no final do desfile, e como eles não tem cuidado, quando chega no desfile do ano seguinte está destruído e a gente tem de fazer tudo novamente", lamenta. Sem verba, o cacique tem tirado do próprio bolso dinheiro para comprar material. "É muito caro, outro dia comprei R$ 70,00 de penas e era um pouquinho, que não deu para fazer quase nada, mas era tudo que tinha em dinheiro", explica. O cacique também acrescentou que os tempos mudaram, e que antigamente este material era adquirido nas casas, pois era fácil arranjar penas de galinhas, guinés e pavão na comunidade. Ele lembra que agora é tudo comprado, e tem pena que o quilo chega a custar até R$ 900,00. Durante a entrevista, o cacique ainda mostrou que faltava até cola para consertar os cocar e também elásticos, que são usados para prendê-los a cabeça.
DOAÇÕES. Em vista da dificuldade que passa esta tribo, deixou o telefone do cacique Valdir para quem queira contribuir com esta tradição entrar em contato com ele: (084) 8737-9097.
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