Músicos do Baiacu. Cristina e Marcelo em destaque |
Na praça do Cruzeiro, já se pode verificar uma boa movimentação de gente, vendedores ambulantes e jornalistas que vem acompanhar os ensaios do tradicional bloco da Redinha.
Mesmo faltando acertar alguns detalhes, a fundadora do bloco, Cristina Medeiros adiantou que o Baiacu vai sair verdinha e amarelo, em homenagem a Copa do Mundo, que acontece no Brasil e Natal é uma das cidades sedes. Cristina Medeiros é a que está em destaque, ao lado do maestro Marcelo.
O Baiacu na Vara é um bloco que esbanja simpatia e agrega foliões da Redinha, mas também de outras cidades e Estados. Como o desfile acontece na quarta-feira, muita gente que brincou em outros estados, vai curar a ressaca no Baiacu. A concentração do bloco acontece às 8h e sai às 10h.
O Baiacu na Vara surgiu num desafio de Cristina, ainda adolescente, com o seu pai. Cristina disse que botaria um bloco na quarta-feira. A foliã lembra que manhã, seu pai me acordou e em tom de deboche perguntou: "Cadê seu bloco?" Numa resposta de menina bicuda, Sem a foliã pegou um lençol de cama e saiu desfilando pela praia. Alguns amigos foliões a seguira. muitos gostaram da brincadeira. No ano seguinte surgia o Baiacu na Vara. Atualmente o bloco arrasta uma multidão adiou o final na quarta-feira.
Na Rua Beberibe, a tribo guiada pelo casal Valdir e Francisca ensaiam para a apresentação na Duque de Caxias e a tradicional saída na terça-feira, às 15h. Os Tapuius dão uma volta nas principais ruas da África, Redinha Nova e Velha. Dão uma parada no Mercado da Redinha, onde rendem homenagem a dona Dalila, uma nativa que os anos 50 inventou uma iguaria baseada na comida dos índios nativos da Redinha: a ginga com tapioca. O peixe com tapioca conquistou o paladar dos moradores e até de ilustres brasileiros, como Câmara Cascudo e Jorge Amado.
Depois da homenagem a dona Dalila, os Tapuius retornam para a Rua Beberibe, onde realizam o ritual do sacrifício do guerreiro capturado.
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