Mercadinho Araújo é lidera vendas no Irã, Iraque e Malvinas |
Mas, como nas análises sociológicas de que um peixe grande engole os pequenos, enquanto alguns comerciantes com mais capital migram para estas comunidades, as pequenas mercearias vão fechando. "O pequeno comerciante vive de pequenas vendas, em dinheiro. Não temos estrutura para legalizar o negócio, pagar impostos, contador, máquina de cartão de crédito", lamenta João Maria, um pequeno comerciante do Vale Dourado. O mesmo acontece com Luizinho, em Extremoz. Ele lembra que começaram a chegar em sua comunidade pequenos mercadinhos, que oferecem prazo, fazem sorteis e muitos entregam até as compras em casa. O comerciante lembra que tem dia que não vende uma única mercadoria.
Um exemplo citado pelos dois pequenos comerciantes, é o que aconteceu na comunidade do Irã, na Zona Rural de Extremoz. Além do Irã, a comunidade ainda congrega outras duas Malvinas e Iraque e de olho neste pequeno mercado está o Mercadinho Araújo. A administração do Mercado Araújo, com mais recursos e com uma visão de marketing de dá inveja realiza premiações com a comunidade. Domingo (02/03) o Mercadinho Araújo estava aniversariando e a comunidade viveu um domingo festivo, com shows, brindes, fogos e muitos sorteios.
Mas, para alguns especialistas, a solidez de um mercadinho como o Araújo, pode ser efêmera. É que outros investidores, com mais capital, pode chegar ao local e ganhar o mercado. A profecia se baseia no que já aconteceu na Zona Norte. Até os anos 90, supermercados como Medeiros, Japonês, São José, Avelino e Bandeirante foram perdendo terreno até fecharem. Nos anos 2000, além da solidez do Nordestão, chegaram o Carrefour e Atacadão. A partir dai, pouca gente vem sobrevivendo no mercado.
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