Vida natural

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Instalação de grandes redes de supermercados faz com que pequenos migrem para a periferia da Grande Natal

Mercadinho Araújo é lidera vendas no Irã, Iraque e Malvinas
A concorrência acirrada e com algumas redes de supermercados e até multinacionais se instalando na Zona Norte a partir do ano 2000 vem fechando os pequenos negócios do ramo de cereais. Não dando para concorrer com os "peixões" do mercado, a saída é apostar em comunidades mais afastadas, geralmente situadas nos municípios de São Gonçalo, Macaíba e Extremoz.
Mas, como nas análises sociológicas de que um peixe grande engole os pequenos, enquanto alguns comerciantes com mais capital migram para estas comunidades, as pequenas mercearias vão fechando. "O pequeno comerciante vive de pequenas vendas, em dinheiro. Não temos estrutura para legalizar o negócio, pagar impostos, contador, máquina de cartão de crédito", lamenta João Maria, um pequeno comerciante do Vale Dourado. O mesmo acontece com Luizinho, em Extremoz. Ele lembra que começaram a chegar em sua comunidade pequenos mercadinhos, que oferecem prazo, fazem sorteis e muitos entregam até as compras em casa. O comerciante lembra que tem dia que não vende uma única mercadoria.
Um exemplo citado pelos dois pequenos comerciantes, é o que aconteceu na comunidade do Irã, na Zona Rural de Extremoz. Além do Irã, a comunidade ainda congrega outras duas Malvinas e Iraque e de olho neste pequeno mercado está o Mercadinho Araújo. A administração do Mercado Araújo, com mais recursos e com uma visão de marketing de dá inveja realiza premiações com a comunidade. Domingo (02/03) o Mercadinho Araújo estava aniversariando e a comunidade viveu um domingo festivo, com shows, brindes, fogos e muitos sorteios.
Mas,  para alguns especialistas, a solidez de um mercadinho como o Araújo, pode ser efêmera. É que outros investidores, com mais capital, pode chegar ao local e ganhar o mercado. A profecia se baseia no que já aconteceu na Zona Norte. Até os anos 90, supermercados como Medeiros, Japonês, São José, Avelino e Bandeirante foram perdendo terreno até fecharem. Nos anos 2000, além da solidez do Nordestão, chegaram o Carrefour e Atacadão. A partir dai, pouca gente vem sobrevivendo no mercado.

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