Vida natural

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Ilha da Música, um oasis em meio a dois desertos, o de areia e o de perspectiva de vida, na comunidade da África

Debaixo de cajueiros e coqueiros criança aprendem música
No final da Rua Padre Cícero, na África, o visitante avista uma casa vermelha, rodeada de alpendres, num terreno cercado de coqueiros. A primeira vista mais parece uma fazenda, porém, ao se aproximar, verá que existe algo diferente no ar, pois de lá vem sons de diversos instrumentos musicais. Na realidade, se trata de uma escola, a Ilha de Música, uma organização não governamental que acolhe crianças e adolescentes pobres, dos 7 aos 18 anos. Os alunos são crianças da África, uma comunidade formada por pessoas pobres, e que segundo estatísticas governamentais é um lugar de violência, inclusive com alto registro de tráfico e consumo de drogas.
A Ilha da Música surgiu desta metáfora, um oasis em meio a dois deserto: o das dunas e o da falta de perspectiva de vida. Ela surge de um sonho materializado pelo casal de músicos. Inês Peixoto e Gilberto Cabral. A mulher, pianista, e o homem trombonista. O casal tinha um objetivo, dá sentido a vida das pessoas através da aprendizagem da música. Assim, eles viam desenvolvendo projetos, mas, que não tiveram muito sucesso.
Entretanto, depois de conhecerem a favela da África, na Redinha, verificaram que aquele o local de materializarem seu projeto. Depois de realizarem uma pesquisa, constaram que era grande o número de crianças e adolescentes vivendo sem perspectiva de vida. Assim, surgia a Ilha da Musica, que hoje atende mais de 40 crianças e jovens, desde de 2006.

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