Vida natural

terça-feira, 17 de junho de 2014

Ocupações desordenadas põe por água abaixo o arrojado projeto habitacional do Governo Federal nos anos 80

Áreas para evacuação das águas foram ocupadas Zona Norte
Quando chega o período de chuvas em Natal, o mesmo drama se repete, com as inundações que levam o caos a cidade. Junto com elas, as enxarradas de críticas ao gestor público municipal, mas o problema residem em outros setores também. É irresponsabilidade pública de outros governantes e também de outros setores da economia, da falta de cidadania e responsabilidade social. A foto ao lado mostram acúmulos de água em frente a feira livre do conjunto Santa Catarina. Pois bem, isto não deveria está acontecendo. Pelo contrário, foi montado um projeto urbanístico na década de 80, onde as cidades seriam contempladas por um programa federal de construção de casas populares. Estes conjuntos habitacionais foram todos ( Santarém, Soledade I e II, Santa Catarina e Panatis) com objetivo de terem ruas planejadas com amplo espaço verde. O objetivo desta área verde era de tornar o clima mais ameno, escoar as águas e tornar os espaços públicos mais belos.
E, pasmem. Este programa foi elaborado e executado no Governo de João Batista de Figueiredo, tendo como Governo do Estado Lavoisier Maia.
Observe que os conjuntos habitacionais da Zona Norte, obedecem um bom fluxo de veículos. É formado por ruas largas primárias (Itapetinga, Senhor do Bonfim, Paulista,etc), outras secundárias, e outras terciárias. Como se fosse um fluxo normal de um rio com seus afluentes. Ou seja, o fluxo de veículos vão aumentando da terciária até a primária. Ao centro destes conjuntos foram deixadas áreas abertas, as quais serviriam para construção de praças públicas, esportivas, escolas, postos de saúde. Os conjuntos também receberam espaços comerciais ( Cicons). E, separando um conjunto habitacional de outro, foi deixado uma faixa de terreno horizontal. Pode observar que separando o Soledade II do Santa Catarina (teria, mas foi ocupada) uma faixa de terra, assim como do Santa Catarina para o Panatis, e do Soledade II para o Nova Natal.
Mas, veja o que aconteceu. Estas faixas foram (quase todas ocupadas). Construções clandestinas, loteados ( e aí a documentação só pode ter sido esquentada), ou doadas para construções de igrejas, associações culturais, etc. Inclusive, a ocupação continua com a pouca faixa de terra que ainda existe. Observe nas três fotos abaixo. Esta área era exatamente a faixa de terra que separava o Soledade II do Santa Catarina. Ela não deveria ser ocupada. Era para ser uma faixa verde. No máximo seria construído bosques, nunca alvenarias como estas. O mais grave, se fez construções e as obras não tiveram nem mesmo o cuidado de fazer uma galeria para escoamento das águas. Agora, caso queira minimizar o problema, a conta vai para o poder público. Ou seja, o privado, provoca o caos e lança no bolso do contribuinte. Como o cidadão brasileiro não tem consciência disto, se torna omisso.

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