Vida natural

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Túnel que marcou a resistência dos índios Tupis e Paiacus em Extremoz está abandonado

Abandonado e esquecido do público, este túnel é uma prova viva e material de uma história de resistência, sangue e barbárie que marcou a colonização do RN. Para resistir ao trabalho escravo dos colonos no século XVII, os índios Tupis e Paiacus construíram uma rede de túnel, a qual, ligavam o mosteiro jesuíta de São Miguel e outro até a Ponta dos Franceses. Mas, se não forem tomadas medidas urgentes, ele pode desaparecer, assim como aconteceu com o outro, que foi soterrado por uma capinadeira que fazia limpeza do solo. O túnel fica ao pé de uma frondosa mangueira, e somente tive acesso porque contei com a colaboração de um nativo, já que se tem de enfrentar um terreno repleto de urtigas, e passar por baixo de arames, etc.
Quando os jesuítas foram expulsos em 1725, viviam na aldeia 1.429 índios, muito gado e uma bela capela. Segundo Câmara Cascudo, a mais bela arquitetura colonial da época. A Vila Nova de Extremoz, a primeira do Estado, foi fundada em 1758, por Bernardo Coelho Gama Casco. Fora sempre povoada, com terrenos e plantios desde o início do Séc. XVII. Os holandeses visitavam-na freqüentemente e pensavam em dividir a Tijuru ( Lagoa de Extremoz), transformando-a em reservatória d’água. Separando suas águas pela Ponta Francesa e Ponta Grossa, a Seção superior seria mantida doce pelo rio Caratã a parte inferior ficaria salgada ou salobra, comunicando-se com o mar através do Rio da Redinha que, à época, permitia passagem de botes e embarcações de fundo chato, transportando os produtos da região.

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